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Não apenas os ossos podem sofrer danos quando falta vitamina D no organismo

A vitamina D desempenha várias funções essenciais no corpo. Sua principal fonte é a exposição à luz solar.

Quando a pele é exposta à luz ultravioleta B (UVB) do sol, ocorre sua produção, sendo que essa síntese acontece de forma natural no corpo humano.

A vitamina D é um lipossolúvel essencial para a saúde humana e existem duas formas principais: a D2 (ergocalciferol) e a D3 (colecalciferol). 

Ambas desempenham papéis importantes, especialmente no metabolismo do cálcio e na saúde óssea. 

 

Suas principais funções são: 

  • absorção eficiente de cálcio e fósforo no intestino delgado, sendo que esses minerais são essenciais para a formação e manutenção de ossos e dentes saudáveis; 
  • a vitamina D desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo do cálcio, contribuindo para a mineralização adequada dos ossos. 

Sua deficiência pode levar a condições como raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos, caracterizados por ossos fracos e deformidades; 

  • está relacionada à função muscular, onde sua deficiência pode contribuir para fraqueza muscular, dores musculares e aumentar o risco de quedas, especialmente em idosos;
  • desempenha papel na modulação do sistema imunológico, auxiliando na defesa contra infecções e doenças autoimunes. 

Sua influência no sistema imunológico pode contribuir para a prevenção de resfriados, gripes e outras infecções; 

  • está envolvida na regulação do crescimento celular e pode ter um papel na prevenção do desenvolvimento de certos tipos de cânceres;
  • alguns estudos sugerem que a vitamina D pode ter efeitos benéficos na saúde cardiovascular, incluindo a regulação da pressão arterial; 
  • existe uma associação entre sua deficiência e distúrbios de saúde mental, como depressão e ansiedade, sendo que ela pode desempenhar um papel na regulação de neurotransmissores no cérebro; e
  • pode desempenhar um papel na prevenção de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças autoimunes e condições inflamatórias.

 

Existe um exame específico chamado dosagem de 25-hidroxivitamina D que é usado para medir seus níveis no organismo, sendo considerada a melhor indicação dos níveis gerais de vitamina D no corpo.

O resultado do exame é expresso em nanogramas por mililitro (ng/mL) ou nanomol por litro (nmol/L). 

Os valores de referência podem variar entre laboratórios, mas geralmente são classificados da seguinte forma:

  • suficiente – acima de 30 ng/mL (ou 75 nmol/L);
  • insuficiente – 20-30 ng/mL (ou 50-75 nmol/L); e
  • deficiente – abaixo de 20 ng/mL (ou 50 nmol/L).

 

Com base nos resultados do exame, um profissional de saúde pode recomendar ajustes na exposição ao sol, alterações na dieta ou suplementação, se necessário.

A automedicação com suplementos de vitamina D sem orientação médica não é recomendada, pois seu excesso também pode ter efeitos adversos à saúde.

 

Quais as principais fontes de vitamina D? 

Além o sol, existem outras fontes consideráveis de vitamina D que são: 

  • peixes gordurosos como salmão, atum e cavala; 
  • gemas de ovos; 
  • alguns tipos de cogumelos expostos à luz ultravioleta; 
  • alimentos como leite, sucos de frutas, cereais e margarinas, são frequentemente fortificados com vitamina D.

 

Vitamina D baixa

A deficiência de vitamina D pode causar uma variedade de sintomas. Porém, muitas vezes, ela é assintomática, ou os sintomas são sutis. 

Fique atento a alguns sinais e, procure a orientação de um profissional de saúde caso apresente: 

  • fadiga; 
  • dores musculares e fraqueza; 
  • dores ósseas e fraqueza nos ossos; 
  • alguns estudos sugerem uma ligação entre a deficiência de vitamina D e alterações de humor, incluindo depressão; 
  • baixa vitamina D pode estar relacionada com distúrbios do sono; 
  • pode ter relação com dificuldades na perda de peso; 
  • desempenha papel na regulação do sistema imunológico, associada a um maior risco de infecções; 
  • por ser importante para a regeneração celular, pode afetar a capacidade de cicatrização de feridas; e 
  • alguns estudos sugerem uma associação entre a deficiência de vitamina D e a perda de cabelo.

 

A falta de vitamina D pode levar a diversos problemas de saúde sendo os principais: 

  • Raquitismo – uma condição que afeta principalmente crianças, resultando em ossos fracos e deformidades devido à falta de mineralização adequada.
  • Osteomalácia – afeta adultos e é caracterizada por ossos fracos e dor óssea devido à inadequada mineralização do osso.
  • Osteopenia e osteoporose – causadas pela perda de densidade óssea. 
  • Comprometimento do sistema imunológico – aumenta o risco de infecções e doenças autoimunes.
  • Problemas autoimunes – como esclerose múltipla e artrite reumatoide, de acordo com alguns estudos. 

 

Reposição da vitamina D 

Existem várias formas de repor a vitamina D, que devem ser indicadas por um especialista que acompanhe o quadro, e poderá fazer os ajustes necessários na dieta e suplementação.

A dosagem ideal pode variar de pessoa para pessoa, sendo necessário desenvolver um plano personalizado de reposição. 

Além disso, ela deve ser feita de maneira gradual e controlada, especialmente ao tomar suplementos, pois o excesso de vitamina D pode causar toxicidade.

De forma geral as indicações envolvem: 

  • Exposição ao sol – onde a pele descoberta deve ficar entre 10 e 30 minutos recebendo a luz solar, pelo menos duas vezes por semana.

A quantidade de exposição necessária pode variar de acordo com fatores como cor da pele, localização geográfica, estação do ano e idade.

  • Alimentação – prioridade de consumo para peixes gordurosos, gema de ovo e alimentos fortificados, como leite, sucos de frutas, cereais e margarinas.
  • Suplementação – existem cápsulas e ampolas de vitamina D, mas para determinar a dosagem adequada é necessário o acompanhamento médico. 

 

Fontes: Ministério da Saúde; G1; Brasil Escola; Sabin; Tua Saúde; e Alta Diagnósticos. 

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