Os números de diagnósticos de TEA – Transtorno do Espectro Autista estão em constante crescimento, como evidenciado pelos dados do Censo Escolar do Brasil. Entre 2017 e 2021, houve um aumento de 280% no número de estudantes com TEA registrados.
Esses estudantes, presentes tanto em escolas públicas quanto particulares, representam apenas uma fração da população com TEA.
Dessa forma, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que existam dois milhões de autistas no Brasil, abrangendo uma ampla gama de graus de gravidade do transtorno.
Em 1970, a taxa de diagnósticos de TEA era de um caso a cada 10 mil pessoas. Em 2018, essa taxa havia aumentado para um caso a cada 59 pessoas, de acordo com o Center for Disease Control and Prevention dos EUA.
Sendo assim, com o aumento dos diagnósticos, é possível que você tenha um familiar, amigo ou conhecido com Transtorno do Espectro Autista. No entanto, felizmente, esse crescimento está sendo acompanhado por um aumento na pesquisa e no conhecimento sobre o transtorno.
Mesmo o TEA não seja considerado uma doença e não tenha cura, é fundamental incluir essas pessoas na sociedade e proporcionar-lhes qualidade de vida.
O que é o TEA?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento neurológico que se manifesta na infância e se caracteriza principalmente pela dificuldade na comunicação e por padrões de comportamento específicos. Alguns sinais comuns de TEA incluem:
- Dificuldade em interações sociais;
- Pouco contato visual e expressão facial limitada;
- Dificuldade em expressar ideias e emoções;
- Resistência a mudanças na rotina;
- Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo ou repetir palavras.
O que causa o TEA?
Apesar dos avanços na pesquisa, os pesquisadores ainda não conhecem a causa exata do TEA. Contudo, estudos sugerem que a combinação de fatores genéticos e ambientais desempenha um papel importante, com a genética contribuindo em cerca de 80% dos casos.
Além disso, é importante destacar que não existe evidência científica que relacione o TEA ao uso de vacinas. Ao contrário, especialistas consideram as vacinas seguras e benéficas. No entanto, alguns fatores de risco incluem:
- Sexo masculino (quatro a cinco vezes mais propenso ao TEA do que o sexo feminino);
- Histórico familiar de TEA;
- Idade avançada dos pais;
- Presença de condições de saúde específicas, como epilepsia e esclerose tuberosa.
Diagnóstico e Tratamento do TEA
O diagnóstico do TEA geralmente ocorre nos primeiros anos de vida, com sinais frequentemente detectados a partir dos 12 meses de idade.
O diagnóstico é feito por meio de exames físicos, neurológicos e de observação. Testes genéticos também são recomendados.
O tratamento do TEA varia de acordo com as necessidades individuais e pode incluir terapia fonoaudiológica, terapia ocupacional, fisioterapia, medicamentos e acompanhamento médico especializado.
É essencial que pais, familiares e cuidadores entendam o transtorno para melhorar o convívio e oferecer apoio às pessoas com TEA.
Fontes – Jornal da Unesp; Tua Saúde; Autismo e Realidade; Drauzio Varella; e Minha Vida.
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