O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta o cérebro, resultando em perda de memória, comprometimento cognitivo e alterações no comportamento.
Ela é a forma mais comum de demência, um termo utilizado para descrever uma variedade de condições que causam declínio cognitivo e funcional significativo.
As principais características da doença de Alzheimer são:
- perda progressiva da memória, especialmente a memória recente. Pessoas com Alzheimer podem esquecer eventos recentes, nomes de familiares e amigos, compromissos e outras informações importantes;
- além da perda de memória, ocorre um declínio geral nas funções cognitivas. Isso inclui dificuldade em realizar tarefas cotidianas, resolver problemas, raciocinar e tomar decisões;
- pessoas com Alzheimer podem apresentar mudanças no comportamento e na personalidade. Isso pode incluir agitação, ansiedade, irritabilidade, apatia, depressão e até agressividade em alguns casos;
- desorientação em relação ao tempo e ao espaço é comum. Indivíduos com Alzheimer podem se perder mesmo em ambientes familiares, esquecer datas importantes ou perder a noção do tempo;
- a habilidade de se comunicar efetivamente diminui à medida que a doença progride. Dificuldades na busca por palavras, repetição de perguntas e dificuldade em compreender a linguagem dos outros são observadas;
- à medida que a doença avança, podem ocorrer problemas motores e de coordenação, afetando a capacidade de realizar tarefas físicas;
- a doença de Alzheimer leva a uma dependência progressiva, onde as pessoas afetadas podem, eventualmente, necessitar de assistência para as atividades diárias básicas; e
- no nível neuropatológico, a doença de Alzheimer está associada à presença de placas de proteína beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares no cérebro, que interferem nas comunicações entre as células nervosas e causam danos progressivos.
Alzheimer não tem cura
Até o momento, não existe uma cura conhecida para a doença de Alzheimer, mas existem pesquisas que buscam tratamentos mais eficazes e compreensão dos mecanismos subjacentes à doença.
O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar intervenções e planejar cuidados apropriados.
A doença é caracterizada por mudanças estruturais e químicas no cérebro, incluindo a formação de placas de proteína beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares, que contribuem para a degeneração progressiva das células nervosas.
Os tratamentos disponíveis para a doença de Alzheimer visam, principalmente, aliviar os sintomas e retardar o seu progresso, mas não revertem ou curam a condição.
Esses tratamentos podem incluir medicamentos para ajudar no controle dos sintomas cognitivos e comportamentais, bem como intervenções não farmacológicas, como terapias ocupacionais, fisioterapia e suporte psicológico.
Fatores de risco para a doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma condição complexa e multifatorial, e diversos fatores de risco podem influenciar o seu desenvolvimento.
Embora alguns desses fatores sejam genéticos e não modificáveis, outros estão relacionados ao estilo de vida e podem ser abordados para reduzir o risco.
Os principais são:
- Idade – o risco de desenvolver Alzheimer aumenta significativamente com a idade. A maioria dos casos ocorre em pessoas com 65 anos ou mais, e o risco continua a aumentar com o avançar da idade.
- Genética – fatores genéticos desempenham um papel na suscetibilidade à doença de Alzheimer. Histórico familiar da doença e certas mutações genéticas estão associados a um risco aumentado.
- Sexo – as mulheres têm uma probabilidade ligeiramente maior de desenvolver Alzheimer, em comparação com os homens. Isso pode ser influenciado por fatores hormonais.
- Histórico familiar – ter parentes de primeiro grau, como pais ou irmãos, com Alzheimer aumenta o risco de desenvolver a doença. Algumas formas raras da doença têm uma forte componente genética.
- Síndrome metabólica – condições como diabetes, obesidade, hipertensão e níveis elevados de colesterol estão associadas a um aumento do risco de Alzheimer.
- Traumas cranianos – lesões cerebrais traumáticas, especialmente repetidas, podem aumentar o risco de desenvolver a doença.
- Baixo nível de escolaridade – estudos sugerem que pessoas com níveis mais baixos de educação podem ter um risco aumentado de Alzheimer. A educação pode oferecer proteção cognitiva.
- Estilo de vida sedentário – a falta de atividade física regular é considerada um fator de risco para a doença de Alzheimer. Exercícios físicos regulares têm benefícios para a saúde cerebral.
- Fumo – o tabagismo está associado a um aumento do risco de Alzheimer, assim como outras condições de saúde.
- Consumo excessivo de álcool, ao longo do tempo, pode aumentar o risco de desenvolver a doença.
- Saúde cardiovascular – doenças cardiovasculares, como doença cardíaca, acidente vascular cerebral e pressão arterial alta, estão associadas a um maior risco de Alzheimer.
- Isolamento Social – a falta de envolvimento em atividades sociais e o isolamento social podem contribuir para o risco de desenvolver Alzheimer.
Prevenção da doença de Alzheimer
A prevenção da doença de Alzheimer envolve a adoção de um estilo de vida saudável, que promova a saúde do cérebro e reduza os fatores de risco.
Embora não seja possível garantir a prevenção completa da doença, seguir práticas saudáveis pode ajudar a reduzir a probabilidade de seu desenvolvimento.
Veja algumas estratégias que podem ser bastante úteis:
- Manter o cérebro ativo pode ser benéfico. Participar de atividades que desafiem a mente, como jogos, quebra-cabeças, leitura e aprendizado de novas habilidades, pode estimular a função cognitiva.
- A prática regular de exercícios físicos está associada a benefícios para a saúde cerebral. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, natação e dança, podem melhorar a circulação sanguínea e promover a saúde do cérebro.
- Uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes, nozes e gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva, pode fornecer nutrientes essenciais para a saúde cerebral.
- Manter a pressão arterial dentro dos limites saudáveis é crucial para a saúde do coração e do cérebro.
Monitorar a pressão arterial regularmente e seguir as recomendações médicas são práticas importantes.
- Níveis elevados de colesterol podem aumentar o risco de doença cardíaca, o que, por sua vez, pode afetar a saúde cerebral.
Uma dieta saudável e medicações, se necessárias, podem ajudar a manter níveis de colesterol saudáveis.
- Manter níveis de açúcar no sangue dentro da faixa normal é importante para prevenir problemas de saúde, incluindo aqueles relacionados ao cérebro. Isso é especialmente relevante para pessoas com diabetes.
- Manter um peso saudável está relacionado a diversos benefícios para a saúde, incluindo a redução do risco de doenças crônicas que podem afetar o cérebro.
- Garantir uma boa qualidade de sono é fundamental para a saúde mental. Distúrbios do sono, como insônia, podem estar relacionados ao aumento do risco de doenças neurodegenerativas.
- O estresse crônico pode ter impactos negativos na saúde cerebral. Práticas de gerenciamento de estresse, como meditação, ioga, exercícios de respiração e atividades relaxantes, podem ser benéficas.
- O tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão associados a um maior risco de doenças neurodegenerativas. Evitar esses comportamentos pode contribuir para a saúde do cérebro.
- Participar de atividades sociais e manter relacionamentos significativos pode ter benefícios para a saúde mental e emocional.
E o mais importante, mantenha uma rotina de acompanhamento geral, da sua saúde, com um profissional capacitado, que faça uma orientação personalizada e exames regulares, isso irá ajudar muito na prevenção de doenças neurodegenerativas.
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde; Portal Drauzio Varella; Alta Diagnósticos; CNN Brasil; Minha Vida e Associação Brasileira de Alzheimer.