A mamografia pode causar algum desconforto, mas a intensidade da dor varia de pessoa para pessoa, com base na sensibilidade de cada um.
Em geral, a maioria das mulheres relata mais um incômodo, do que uma dor intensa, lembrando também que o exame é relativamente rápido.
A mamografia utiliza raios-X de baixa dose para criar imagens detalhadas do interior das mamas.
Durante o exame, a mama é comprimida entre duas placas, para obter imagens mais nítidas.
É comum o relato de pressão, aperto ou desconforto durante essa compressão, mas isso dura apenas alguns segundos.
Para minimizar o desconforto, é importante comunicar qualquer preocupação ou ansiedade, ao técnico que realiza o exame. Ele pode ajustar a pressão conforme necessário.
Algumas mulheres podem sentir mais desconforto se tiverem mamas sensíveis ou se estiverem menstruadas, devido à flutuação hormonal.
Apesar disso, a mamografia é uma ferramenta importante na detecção precoce do câncer de mama, e a maioria das mulheres considera o procedimento suportável devido à sua rapidez e benefícios na prevenção e diagnóstico precoce.
O exame é geralmente realizado em duas projeções diferentes, uma visão lateral e outra frontal, para fornecer uma visão abrangente do tecido mamário.
E para esclarecer a dúvida de quem nunca fez o procedimento, pode-se dizer que a mamografia não dói, na maior parte dos casos, mas só realizando o procedimento para saber o quanto ele poderá ser incômodo a você.
Para o que serve a mamografia?
A mamografia tem diversos propósitos importantes na área da saúde da mulher, que envolve a prevenção, diagnóstico precoce e monitoramento de doenças mamárias, especialmente o câncer de mama.
Alguns dos seus propósitos são:
- é utilizada como um exame de triagem para detectar, precocemente, o câncer de mama, antes mesmo de os sintomas se manifestarem, isso aumenta, significativamente, as chances de tratamento bem-sucedido;
- identificar a presença de nódulos, massas, calcificações ou outras alterações no tecido mamário, que podem indicar a presença de câncer ou outras condições benignas;
- mulheres que apresentam sintomas mamários, como dor, secreção ou alterações na forma da mama, podem passar por uma mamografia para avaliar a causa desses sintomas;
- para mulheres que já foram diagnosticadas com câncer de mama, a mamografia é frequentemente usada para monitorar a eficácia do tratamento e identificar possíveis recorrências;
- a mamografia é realizada em mamas assintomáticas, como parte dos exames de rotina para avaliação da saúde mamária; e
- em algumas situações, a mamografia pode ser usada para avaliar mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama, permitindo intervenções preventivas mais precoces.
Quando a mamografia é indicada?
As diretrizes para a realização da mamografia podem variar um pouco, de acordo com o país, ou o órgão de saúde, mas vamos falar das recomendações comuns.
Lembrando que o histórico de saúde de cada mulher, também pode alterar as recomendações individuais.
O mais importante é falar com um profissional de saúde da sua confiança, em geral um ginecologista, que acompanhe seu quadro geral, e seguir as orientações dele quanto ao momento mais indicado de fazer a mamografia e a frequência a ser realizada.
De qualquer forma, deixamos aqui algumas indicações gerais.
- A maioria das orientações recomenda que as mulheres comecem a fazer mamografia regularmente em torno dos 40 anos.
No entanto, a idade de início pode variar de acordo com as orientações locais e a avaliação de riscos individuais.
- Para mulheres com risco médio, a mamografia é, muitas vezes, recomendada a cada um ou dois anos, a partir dos 40 anos.
A frequência exata pode depender de fatores individuais, histórico de saúde e orientações locais.
- Mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou outros fatores de risco elevado podem ser aconselhadas a começar a mamografia em uma idade mais jovem, ou a realizar exames mais frequentes.
O rastreamento individualizado é essencial nessas situações.
- Se uma mulher mais jovem apresentar sintomas mamários, como dor, caroços ou alterações na mama, pode ser necessário realizar uma mamografia para avaliar esses sintomas.
- A decisão de realizar a mamografia deve ser baseada em uma avaliação individualizada, considerando fatores como histórico médico pessoal e familiar, condições de saúde, preferências da paciente e diretrizes específicas da região.
Mamografia salva vidas
A mamografia é uma ferramenta crucial na detecção precoce do câncer de mama e pode desempenhar um papel significativo em salvar vidas.
Você pode estar se perguntando: porque a mamografia é tão importante assim?
Acontece que o exame pode identificar pequenas anormalidades no tecido mamário antes que se tornem palpáveis ou causem sintomas. E quanto mais cedo o câncer é diagnosticado, maiores são as chances de alcançar a cura.
Além disso, a mamografia é frequentemente utilizada como exame de triagem, em mulheres assintomáticas, o que pode levar à detecção de tumores antes mesmo que a paciente perceba qualquer sintoma.
Estudos têm mostrado que a mamografia regular está associada a uma redução significativa na mortalidade por câncer de mama.
A capacidade de identificar tumores em estágios mais precoces permite tratamentos menos invasivos e mais eficazes.
A mamografia também é usada para monitorar a eficácia do tratamento em mulheres diagnosticadas com câncer de mama, o que ajuda a identificar recorrências ou novos desenvolvimentos no tecido mamário.
Já mulheres com histórico familiar, ou fatores de risco elevado podem se beneficiar da mamografia como parte de estratégias de detecção precoce, permitindo intervenções mais rápidas, quando necessário.
É importante ressaltar que a mamografia não é perfeita, e há casos em que pode ocorrer falsos positivos ou falsos negativos.
No entanto, como parte integrante dos programas de triagem e cuidados de saúde da mulher, ela desempenha um papel crucial na redução da mortalidade por câncer de mama e no aumento das taxas de sobrevivência.
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde; A.C. Camargo; Hospital de Amor; Sociedade Brasileira de Mastologia; e Instituto Oncoguia.
