Conheça as principias doenças pulmonares e como previni-las

Os pulmões são órgãos essenciais para a respiração e estão sujeitos a várias doenças e condições que podem comprometer sua função.

Os principais problemas que podem afetar os pulmões são:

DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) é uma doença crônica que causa dificuldades respiratórias devido à obstrução das vias aéreas. Ela inclui duas condições principais, que são o enfisema, causando danos aos alvéolos (pequenos sacos de ar nos pulmões), resultando em falta de ar; e a bronquite crônica, com inflamação e produção excessiva de muco nos brônquios, tornando a respiração difícil.
Asma é uma doença crônica que causa inflamação e estreitamento das vias aéreas, dificultando a respiração. Durante uma crise, os brônquios ficam inflamados, resultando em chiado, falta de ar e aperto no peito.
Pneumonia é uma infecção que inflama os alvéolos dos pulmões, que podem se encher de pus ou líquido, tornando a respiração dolorosa e limitada. Ela pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos.
Câncer de pulmão é um dos tipos mais comuns de câncer e afeta principalmente os fumantes, embora também possa ocorrer em não fumantes. Existem dois principais tipos: o de células não pequenas, que é mais comum; e o de pequenas células, geralmente associado ao tabagismo e mais agressivo.
Tuberculose é uma infecção bacteriana causada pelo Mycobacterium tuberculosis que afeta principalmente os pulmões, podendo afetar outras partes do corpo. A doença pode ser latente ou ativa, sendo esta última altamente contagiosa.
Embolia pulmonar ocorre quando um coágulo sanguíneo, geralmente originado nas pernas (trombose venosa profunda), se desloca até os pulmões, bloqueando o fluxo sanguíneo em uma ou mais artérias pulmonares. Isso pode ser uma emergência médica grave.
Fibrose pulmonar é uma doença caracterizada pelo enrijecimento e cicatrização do tecido pulmonar, dificultando a troca de oxigênio. Isso leva a sintomas como falta de ar e tosse seca.
Bronquite aguda é a inflamação temporária dos brônquios, geralmente causada por infecções virais. Ela leva à tosse, produção de muco e, em alguns casos, dificuldade para respirar.
Derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as camadas da pleura (membranas que revestem os pulmões e a cavidade torácica). Pode causar dor no peito e dificuldade para respirar.
SDRA (Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo) é uma condição grave que ocorre quando os pulmões são danificados por uma infecção grave, trauma ou outra doença, levando à falência respiratória. É uma emergência médica que exige cuidados intensivos.
Doenças intersticiais pulmonares envolvem o tecido ao redor dos alvéolos, causando cicatrização e rigidez dos pulmões, o que afeta a respiração e a oxigenação do sangue. Um exemplo comum é a sarcoidose, uma condição inflamatória que pode afetar vários órgãos, incluindo os pulmões.
Hipertensão pulmonar é um aumento anormal da pressão nas artérias pulmonares, o que pode sobrecarregar o coração e levar a insuficiência cardíaca.
Pneumotórax ocorre quando o ar escapa dos pulmões para o espaço entre o pulmão e a parede torácica, causando o colapso parcial ou total do pulmão.
Aspergilose pulmonar é uma infecção fúngica nos pulmões, causada pelo fungo Aspergillus, que pode ser grave em pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos ou com doenças pulmonares preexistentes.
Apneia obstrutiva do sono é uma condição em que a pessoa para de respirar brevemente várias vezes durante o sono devido ao bloqueio das vias aéreas. Isso pode levar à má oxigenação do corpo e problemas cardíacos.

Fatores de risco para a saúde do pulmão

Os principais fatores de risco para a saúde dos pulmões envolvem tanto comportamentos individuais quanto condições ambientais e genéticas.

A exposição contínua a esses fatores pode comprometer a função pulmonar e aumentar o risco de doenças respiratórias. Fique atento e cuide bem da sua saúde.

O cigarro é o principal fator de risco para doenças pulmonares, incluindo: câncer de pulmão, onde aproximadamente 85% dos casos da doença estão relacionados ao fumo; DPOC, sendo o tabagismo a principal causa de enfisema e bronquite crônica; e risco de infecções, onde fumantes têm maior probabilidade de desenvolver pneumonia e outras infecções respiratórias.
O fumo passivo, que é a exposição ao cigarro, mesmo sem ser fumante, também é prejudicial e pode causar câncer de pulmão e infecções respiratórias, especialmente em crianças.
A poluição do ar, tanto externa quanto interna, pode irritar os pulmões e agravar doenças respiratórias. Onde a chamada poluição externa, que é a fumaça de veículos, indústrias e poluentes ambientais aumenta o risco de doenças pulmonares crônicas e câncer; e a poluição interna, onde o uso de combustíveis para cozinhar ou aquecer em ambientes mal ventilados e a exposição ao mofo podem prejudicar os pulmões.
Exposição a substâncias tóxicas e produtos químicos, que podem ocorrem em certas ocupações ou ambientes, tendem a afetar a saúde pulmonar, como o que acontece com trabalhadores em fábricas, minas, construção civil e agricultura, que podem ser expostos a substâncias como amianto, sílica, poeiras industriais e produtos químicos nocivos.

E tem também a questão do radônio, que é um gás radioativo encontrado naturalmente no solo, sendo um dos principais fatores de risco para câncer de pulmão em não fumantes.

Infecções virais e bacterianas, como gripes, resfriados, pneumonia e tuberculose, podem danificar os pulmões e causar complicações.
Certas condições crônicas aumentam o risco de problemas pulmonares, incluindo asma, que causa inflamação das vias aéreas, levando à dificuldade respiratória; problemas cardíacos podem afetar o fluxo sanguíneo para os pulmões; e pacientes diabéticos que têm maior risco de infecções pulmonares, como pneumonia.
Algumas pessoas têm predisposição genética para doenças pulmonares, como: deficiência de alfa-1 antitripsina, uma condição genética rara que pode levar a enfisema e outras doenças pulmonares, mesmo em não fumantes; ou quem tem familiares próximos com doenças pulmonares, como asma ou DPOC, onde o risco de ficar doente é maior.
Fatores ambientais como ambientes úmidos, com mofo e poeira, contribuem para o desenvolvimento de doenças respiratórias, onde o mofo pode causar ou agravar alergias e asma; e ácaros e poeira podem irritar os pulmões, especialmente em pessoas com alergias.
A falta de atividade física reduz a capacidade respiratória e pode enfraquecer os pulmões ao longo do tempo, aumentando o risco de problemas respiratórios.
Passar muito tempo em lugares fechados e mal ventilados, como escolas e escritórios, facilita a disseminação de vírus e bactérias que podem afetar os pulmões.
O uso de drogas inaláveis, como crack, cocaína e maconha, pode causar sérios danos aos pulmões, como bronquite crônica, pois o uso repetido de drogas pode causar inflamação das vias aéreas; e até o colapso pulmonar, onde drogas inaláveis podem causar rupturas nos pulmões, resultando em pneumotórax.

Com o envelhecimento, a capacidade pulmonar diminui naturalmente, o que pode aumentar o risco de doenças respiratórias. Além disso, o sistema imunológico fica mais vulnerável a infecções pulmonares.
O excesso de peso pode pressionar o diafragma e pulmões, prejudicando a respiração e aumentando o risco de apneia do sono e outras doenças respiratórias.
O consumo frequente de álcool pode afetar negativamente o sistema imunológico, deixando os pulmões mais suscetíveis a infecções e inflamações.
O frio intenso pode desencadear crises de asma e agravar condições como bronquite e DPOC, especialmente em pessoas vulneráveis.

Previna os problemas nos pulmões

Prevenir problemas pulmonares requer uma abordagem ampla que combina hábitos de vida saudáveis, evitar fatores de risco e monitorar a saúde respiratória regularmente.

Saiba mais sobre a prevenção de problemas nos pulmões:

Evite o tabagismo, pois é a principal causa de várias doenças pulmonares, como DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), câncer de pulmão e bronquite crônica.

Se já fuma, procure ajuda para parar. O uso de produtos como cigarros, cigarros eletrônicos e narguilé é prejudicial para os pulmões. A exposição à fumaça de cigarros alheios também pode causar danos aos pulmões.

Pratique exercícios físicos, pois eles melhoram a capacidade pulmonar. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, ajudam a fortalecer os pulmões e melhoram a eficiência do uso de oxigênio.

Técnicas de respiração, como a respiração profunda e a prática de ioga, podem melhorar a função pulmonar e reduzir o estresse.

Mantenha uma alimentação saudável, que ajuda a fortalecer o sistema imunológico e proteger contra infecções respiratórias.

Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas e vegetais, especialmente aqueles ricos em vitamina C (como laranja, limão e brócolis), ajudam a proteger os pulmões de danos causados por poluentes e inflamação. E alimentos como peixe, nozes e azeite de oliva possuem propriedades anti-inflamatórias que beneficiam a saúde pulmonar.

Evite a exposição a poluentes, se possível, mantenha-se longe de áreas de alto tráfego ou poluição industrial. Use máscaras de proteção em locais com muita poeira ou poluentes.
Mantenha sua casa bem ventilada, evite mofo e poeira excessiva e limite o uso de produtos químicos de limpeza com substâncias tóxicas.
Pessoas que trabalham com substâncias químicas, como pintores e trabalhadores industriais, devem usar equipamentos de proteção adequados, como máscaras e filtros.
Algumas vacinas podem ajudar, por isso, tome a vacina anual contra a gripe pode prevenir infecções que podem evoluir para pneumonia. Pessoas idosas, crianças pequenas e indivíduos com condições de saúde crônicas, tem indicação de vacinação contra pneumonia. E a Covid-19 pode causar sérios problemas pulmonares, e a vacinação reduz o risco de complicações respiratórias.
Pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma ou DPOC, devem seguir orientações médicas para controlar os sintomas e prevenir complicações.
As infecções respiratórias, como gripes, resfriados e pneumonia, podem causar complicações pulmonares, especialmente em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. A prevenção envolve a boa higiene das mãos, evitar contato com pessoas doentes, e usar máscara em ambientes fechados e lotados.
O excesso de álcool pode afetar o sistema imunológico e aumentar o risco de infecções respiratórias. Evite.
O uso de purificadores pode ser indicado, pois eles ajudam a remover partículas, poeira e alérgenos do ar, melhorando a qualidade do ar em ambientes fechados.
Mantenha a casa seca e ventilada, pois o mofo e umidade podem causar infecções respiratórias e crises alérgicas.
Realize exames de função pulmonar, como espirometria, para verificar a saúde dos pulmões, especialmente se você tiver histórico de problemas respiratórios ou fatores de risco. E caso sinta falta de ar, tosse persistente ou dor no peito, procure um médico o mais rápido possível.
No inverno, proteja-se adequadamente e evite exposição prolongada ao frio extremo, que pode irritar as vias respiratórias.

Fontes – Biblioteca Virtual em Saúde; Portal Drauzio Varella; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Afya Educação Médica; Minha Vida; e Hospital Israelita Albert Einstein.