O Acidente Vascular Cerebral – AVC, que ainda é conhecido por muitos como derrame, é a segunda principal causa de morte no Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente, 100 mil pessoas morrem em todo o país, devido ao AVC.
Apesar de atingir com mais frequência quem está acima dos 60 anos, o AVC pode ocorrer em qualquer idade, e tem crescido entre os menores de 45 anos, o que provavelmente se deve ao atual estilo de vida.
Além disso, o AVC é a primeira causa de incapacidade no Brasil.
O AVC ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.
Ele se divide em:
- isquêmico: que ocorre em 85% dos casos e se dá pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando falta de circulação no seu território vascular; ou
- hemorrágico: que é menos comum e se dá pela ruptura espontânea de um vaso, com extravazamento de sangue para o interior do cérebro, sistema ventricular e/ou espaço subaracnóideo.
Uma em cada quatro pessoas que sofreu um AVC terá outro, por isso é importante investigar as causas do primeiro e prevenir o segundo que, em geral, traz consequências mais graves.
Sintomas
Seja o AVC hemorrágico ou isquêmico, ele se caracteriza pelo aparecimento súbito de déficits neurológicos, que variam conforme a área atingida.
Quanto mais rápido for iniciado o tratamento, maiores as chances de recuperação completa.
Por isso, esteja atendo aos sinais de ocorrência de um AVC e diante deles busque atendimento médico o mais rápido possível:
– Formigamento, diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
– Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;
– Alteração aguda da fala, apresentando dificuldade para articular as palavras;
– Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente; e
– Alteração do equilíbrio, vertigem súbita e intensa, tontura que leva a náuseas ou vômitos e alteração no andar.
Prevenção
A principal causa evitável do AVC é a hipertensão, pois o aumento da pressão dificulta a passagem de sangue pelas artérias.
De acordo com a Academia Brasileira de Neurologia 90% dos casos de AVC estão ligados a fatores comportamentais que podem ser modificados. Esteja atento.
- Controle da pressão arterial;
- Mantenha uma rotina de atividades físicas;
- Mantenha uma dieta saudável e balanceada, rica em frutas, verduras e pouco sal e açúcar;
- Controle das taxas de colesterol e glicemia;
- Mantenha o peso adequado evitando a obesidade;
- Não fume;
- Reduza a ingestão de álcool;
- Faça exames de rotina;
Tratamento
Os AVCs variam de intensidade e podem não deixar sequelas, ou mesmo, levar a morte.
Um dos fatores determinantes para tais consequências é o tempo entre o início do AVC e o socorro, o ideal é que esse intervalo não ultrapasse três horas.
A escolha do tratamento da pessoa que sofreu um AVC é individualizada, dependendo do grau e de como ela foi afetada.
O tratamento do AVC isquêmico baseia-se na desobstrução do vaso cerebral ocluído, normalizando a circulação cerebral, com o uso de medicamento trombolítico.
Geralmente, os cuidados pós AVC envolvem uma equipe multidisciplinar com médico, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros.
Fontes – Biblioteca Virtual em Saúde/ Ministério da Saúde; Portal Ministério da Saúde; Agência Brasil; Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares; e Saúde/Abril (Link – medicina)