fbpx
Casos de AIDS aumenta mas expectativa de vida dos doentes também aumenta

Casos de HIV crescem no Brasil, mas expectativa de vida de doentes também aumenta

De acordo com a Unaids, agência da ONU especializada na epidemia, o Brasil apresentou um crescimento de 21% no número de novos casos de HIV entre 2010 e 2018.

O aumento fez com que a América Latina registrasse, em média, um crescimento de 7% nos novos casos de Aids na região e, caso o Brasil ficasse fora das estatísticas, a América Latina teria registrado uma queda de 5% no número de novos casos no período.

Em números absolutos, o Brasil registrou 44 mil novos casos em 2010. Em 2018, esse número foi de 53 mil. Na média mundial a doença registrou uma queda de 16% em 08 anos.  No mundo, 37,9 milhões de pessoas vivem com a doença/vírus

Por outro lado, o Brasil registrou um aumento de expectativa de vida na população com HIV/aids.

O Estudo de Abrangência Nacional de Sobrevida e Mortalidade de Pacientes com Aids no Brasil mostra que 70% dos adultos e 87% das crianças diagnosticadas entre 2003 e 2007 tiveram sobrevida superior a 12 anos. O estudo anterior, realizado em 1999, mostrou uma sobrevida de cerca de nove anos.

O Brasil foi um dos primeiros países a adotar a distribuição gratuita dos medicamentos para a aids no seu sistema público de saúde, em 1996.

 

Saiba Mais

A Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida – SIDA, em inglês, AIDS) é causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana, o HIV.

Esse vírus ataca o sistema imunológico, que fica mais suscetível a não reagir a doenças oportunistas, e algo que parecia simples pode levar a morte.

É importante ressalta que ter HIV não é a mesma coisa que ter Aids, isso porque muitas pessoas soropositivas podem levar anos para apresentar sintomas e desenvolver a doença. O problema é que, ainda assim, podem transmitir o vírus a outras pessoas.

As maneiras mais comuns de transmissão do HIV são: relações sexuais desprotegidas; compartilhamento de seringas contaminadas; de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação; e transfusão de sangue contaminado.

Toda pessoa que passa por uma situação de risco deve fazer o teste anti-HIV.

O diagnóstico se dá pela análise do sangue ou fluido oral.

No Brasil existem os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos, e eles são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

Ao ocorrer à infecção pelo vírus causador da AIDS o organismo leva de 30 a 60 dias para produzir anticorpos anti-HIV, é quando aparecem sintomas parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar, muitas vezes passando despercebida.

Depois vem o período que pode durar anos, e geralmente é assintomático, que é quando acontece a interação entre as células de defesa e as constantes mutações do vírus.

Na sequencia é a fase onde, devido aos ataques, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência, deixando o organismo vulnerável. É comum aparecer sintomas como febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que é o estágio mais avançado da AIDS. Mas quem diagnostica a doença e faz o tratamento adequadamente, dificilmente passa por isso.

Assim como em outras doenças, quanto antes a pessoa fica sabendo que é HIV positivo, maior será sua expectativa de vida, além de poder redobrar os cuidados para não contaminar outras pessoas.

Além disso, as mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

O tratamento para o HIV é feito pelo uso dos chamados medicamentos antirretrovirais, que visam impedir a multiplicação do vírus no organismo.

Atualmente, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento.

A prevenção depende dos cuidados de cada pessoa e se dá, primordialmente, pelo uso de preservativos em todas as relações sexuais, alem de fazer compartilhar agulhas e seringas.

 

 

Fontes – Ministério da Saúde; Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais; Agência de Notícias da AIDS; e UOL.