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HDL e LDL: você tem cuidado dos seus níveis de colesterol no seu sangue?

O colesterol é uma substância gordurosa essencial para várias funções corporais, incluindo a produção de hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão. 

No entanto, níveis elevados de colesterol no sangue podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

O nível ideal de colesterol total é menos de 200 mg/dL. 

Já o LDL, considerado colesterol ruim tem como níveis: menos de 100 mg/dL é ideal; 100-129 mg/dL é próximo do ideal; 130-159 mg/dL é limítrofe alto; 160-189 mg/dL é alto; e 190 mg/dL ou mais é muito alto.

O HDL, chamado de colesterol bom, tem os seguintes níveis: menos de 40 mg/dL para homens e menos de 50 mg/dL para mulheres é considerado baixo; 60 mg/dL ou mais é considerado protetor contra doenças cardíacas.

Quanto aos triglicerídeos, os níveis são: menos de 150 mg/dL é considerado normal; 150-199 mg/dL é limítrofe alto; 200-499 mg/dL é alto; 500 mg/dL ou mais é muito alto.

Para saber os níveis de colesterol no seu sangue, é necessário realizar exames de sangue regulares. 

É importante saber a diferença entre os tipos de colesterol. 

  • O LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade), conhecido como colesterol ruim, em altos níveis, pode levar ao acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas e derrames.
  • O HDL (Lipoproteína de Alta Densidade), conhecido como colesterol bom, ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias e transportá-lo de volta ao fígado, onde é processado e eliminado.
  • O colesterol total é a dos níveis de LDL, HDL e outras frações de lipoproteínas no sangue.
  • E os triglicerídeos, embora não sejam colesterol, são outra forma de gordura no sangue que pode afetar a saúde cardiovascular. Níveis elevados de triglicerídeos podem aumentar o risco de doença cardíaca.

 

Fatores de risco para o nível elevado do colesterol

Os fatores de risco para níveis elevados de colesterol incluem uma combinação de causas genéticas, comportamentais e condições de saúde. Aqui estão alguns dos principais: 

  • Ter um histórico familiar de colesterol alto ou doenças cardíacas pode aumentar o risco. Condições genéticas como a hipercolesterolemia familiar podem causar níveis elevados de colesterol desde a infância.
  • O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas, gorduras trans e colesterol, como carnes gordurosas, laticínios integrais e alimentos processados, pode elevar o colesterol LDL.
  • A falta de atividade física pode contribuir para níveis elevados de LDL e baixos níveis de HDL.
  • Fumar pode reduzir os níveis de HDL (colesterol bom) e danificar as paredes dos vasos sanguíneos, facilitando o acúmulo de colesterol.
  • O excesso de peso pode levar a níveis elevados de LDL e triglicerídeos e a níveis baixos de HDL.
  • A diabetes pode afetar negativamente os níveis de colesterol, muitas vezes elevando os níveis de LDL e triglicerídeos e reduzindo os níveis de HDL.
  • Uma tireoide hipoativa pode levar a níveis elevados de colesterol LDL.
  • O risco de colesterol elevado aumenta com a idade, especialmente em pessoas mais velhas, devido a mudanças no metabolismo e estilo de vida ao longo do tempo.
  • As mulheres podem experimentar mudanças nos níveis de colesterol durante a menopausa, aumentando o risco de colesterol elevado.

 

Colesterol alto e outros problemas de saúde

Níveis elevados de colesterol podem levar a uma série de problemas de saúde, principalmente relacionados ao sistema cardiovascular. Alguns dos principais são:

  • O acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias pode levar ao endurecimento e estreitamento das artérias, conhecido como aterosclerose. Isso pode reduzir o fluxo sanguíneo e aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
  • A aterosclerose nas artérias coronárias pode reduzir o fluxo de sangue para o coração, levando a um infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
  • O estreitamento das artérias coronárias pode causar dor no peito (angina) devido à redução do fluxo sanguíneo para o coração.
  • A aterosclerose pode resultar em um AVC isquêmico, que ocorre quando um coágulo bloqueia uma artéria no cérebro, interrompendo o fluxo de sangue e causando dano cerebral.
  • Em alguns casos, placas de colesterol podem enfraquecer as paredes das artérias, levando a sangramentos no cérebro, o chamado AVC hemorrágico.
  • O colesterol alto pode causar o estreitamento das artérias nas pernas e outros membros, resultando em dor, fraqueza e problemas de mobilidade.
  • A aterosclerose pode afetar as artérias que fornecem sangue aos rins, potencialmente resultando em doenças renais.
  • Xantomas são depósitos de colesterol que podem aparecer na pele, geralmente em torno das articulações ou nas pálpebras.
  • Xantelasma são depósitos de colesterol amarelados que aparecem nas pálpebras.
  • O colesterol alto é um dos componentes da síndrome metabólica, que também inclui obesidade abdominal, hipertensão e resistência à insulina. Esta condição aumenta o risco de doenças cardíacas, diabetes e outras complicações.

 

Tratamento para o colesterol 

Embora o colesterol alto não tenha uma cura, no sentido tradicional, ele pode ser efetivamente gerenciado e controlado com intervenções apropriadas. 

O objetivo do tratamento é reduzir os níveis de colesterol para diminuir o risco de doenças cardiovasculares e outras complicações. 

O tratamento geralmente inclui uma combinação de mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicação.

Para equilibrar os níveis de colesterol: 

  • Adotar uma dieta equilibrada é fundamental. Reduzir a ingestão de gorduras saturadas e trans, aumentar a ingestão de fibras solúveis (como aquelas encontradas em frutas, vegetais e grãos integrais) e consumir gorduras saudáveis (como as encontradas em peixes, nozes e azeite de oliva) pode ajudar a melhorar os níveis de colesterol.
  • Praticar atividades físicas regularmente, como caminhadas, natação ou ciclismo, pode aumentar o colesterol HDL (bom) e ajudar a reduzir o LDL (ruim) e os triglicerídeos. Recomenda-se, em geral, pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana.
  • Manter um peso saudável pode melhorar os níveis de colesterol e reduzir o risco de doenças cardíacas. Perder peso, se necessário, pode ter um impacto positivo significativo nos níveis de colesterol.
  • O tabagismo reduz o colesterol HDL (bom) e danifica as artérias. Parar de fumar pode melhorar os níveis de colesterol e a saúde cardiovascular geral.
  • Consumo excessivo de álcool pode afetar negativamente os níveis de colesterol e triglicerídeos. É recomendável beber com moderação ou evitar o álcool, se possível.
  • Entre as medicações existem diferentes opções, que devem ser indicadas por um médico que acompanhe o quadro individual de cada pessoa. São usualmente indicados: estatinas, inibidores da absorção de colesterol, resinas de troca iônica, fibratos, niacina e inibidores de PCSK9. 
  • Realizar exames de colesterol regularmente para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar conforme necessário, também é fundamental. 
  • Conte com um médico que possa desenvolver e ajustar um plano de tratamento individualizado e tratar qualquer condição médica subjacente que possa afetar os níveis de colesterol.

 

Fontes – Ministério da Saúde; Minha Vida; Tua Saúde; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; e Agência Brasil.  

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