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Dor generalizada e sensibilidade são os principais sintomas de fibromialgia

A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por vários sintomas, sendo a dor generalizada e a sensibilidade em músculos, ligamentos e tendões, os mais conhecidos.

Outros sinais de que a pessoa pode ter fibromialgia são:

  • aumento da sensibilidade em locais específicas do corpo, conhecidos como “pontos sensíveis” ou “tender points”. Esses pontos estão localizados em áreas como o pescoço, ombros, costas, quadris, braços e pernas;
  • sensação persistente de fadiga e falta de energia, mesmo após períodos de descanso adequado;
  • dificuldades em dormir, insônia, sono não reparador ou despertares frequentes durante a noite;
  • rigidez muscular e articular pela manhã, tornando-se difícil iniciar o dia;
  • dificuldade de concentração, lapsos de memória, confusão mental e esquecimento, frequentemente referidos como “fibro nevoeiro”;
  • dores de cabeça frequentes ou enxaquecas;
  • síndrome do intestino irritável, dor abdominal, inchaço e desconforto gastrointestinal;
  • hipersensibilidade a estímulos como luz intensa, ruídos altos e odores fortes;
  • dificuldade com a micção, dor pélvica e desconforto;
  • agravamento da dor menstrual em mulheres com fibromialgia;
  • depressão, ansiedade e mudanças no humor são frequentemente associadas a síndrome;
  • sensações anormais, como formigamento, dormência ou “alfinetadas” na pele; e
  • dificuldade em tolerar atividades físicas e exercícios intensos.

 

É importante notar que os sintomas podem variar entre os indivíduos, assim como sua gravidade, e isso pode mudar com o passar do tempo.

O diagnóstico da fibromialgia pode ser desafiador, pois não existem exames específicos ou marcadores laboratoriais que confirmem a presença da condição.

Para fechar um diagnóstico, geralmente são usadas:

  • entrevista clínica detalhada para entender os sintomas do paciente, a duração, a intensidade da dor e demais sinais característicos da fibromialgia;
  • exame físico, focando na identificação de pontos sensíveis característicos da fibromialgia. São avaliadas 18 áreas específicas do corpo. Os critérios estabelecidos pela American College of Rheumatology incluem a presença de dor generalizada por pelo menos três meses, em 11 dos 18 pontos sensíveis;
  • é necessário excluir outras condições possíveis de dor e fadiga, como artrite reumatoide, lúpus, síndrome do intestino irritável, distúrbios da tireoide, etc;
  • mesmo não havendo testes específicos, exames laboratoriais podem ser realizados para excluir outras condições médicas, como hemograma completo, perfil bioquímico e testes para avaliar a função tireoidiana;
  • pode haver indicação de polissonografia, para avaliar a qualidade do sono, já que ele está ligado aos quadros de fibromialgia; e
  • diante dos sinais encontrados o paciente é encaminhado para um reumatologista, ou outro especialista que possa confirmar o quadro e indicar o melhor tratamento.

 

Fatores de risco da fibromialgia

Embora a fibromialgia não tenha uma causa clara e os fatores de risco associados a essa condição ainda não são totalmente compreendidos, sabe-se que algumas particularidades aumentam a probabilidade de desenvolve-la. São elas:

  • Mais comum em mulheres do que em homens. A razão exata para essa disparidade de gênero não é completamente compreendida.
  • Embora possa ocorrer em pessoas de qualquer idade, é mais comum em adultos jovens e de meia-idade.
  • Pessoas com familiares que têm fibromialgia podem ter um risco ligeiramente maior de desenvolver a condição. Isso sugere uma possível predisposição genética.
  • Certas condições médicas, como artrite reumatoide, lúpus, síndrome do intestino irritável (SII) e outras condições reumatológicas, podem aumentar o risco de fibromialgia.
  • Traumas físicos, como acidentes de carro, lesões esportivas ou cirurgias, podem desencadear ou agravar os sintomas.
  • O estresse emocional e psicológico crônico pode estar associado ao desenvolvimento, ou à exacerbação dos sintomas.
  • Algumas infecções virais ou bacterianas podem desencadear ou contribuir para o desenvolvimento da fibromialgia em algumas pessoas.
  • Alterações nos níveis de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, podem estar relacionadas à fibromialgia.
  • Alterações nos níveis hormonais, especialmente em mulheres.
  • Distúrbios do sono, como insônia, apneia do sono ou síndrome das pernas inquietas, podem estar associados à fibromialgia.

 

É importante destacar que, ter um ou mais desses fatores de risco não significa, necessariamente, que uma pessoa desenvolverá fibromialgia.

Sempre busque auxílio de um profissional capacitado.

 

Tratamento da fibromialgia

A fibromialgia é uma condição crônica, para a qual não existe uma cura definitiva.

No entanto, existem abordagens multidisciplinares de tratamentos, que podem ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Entre eles estão:

  • Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, para ajudar a aliviar a dor. Antidepressivos e inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina, para auxiliar na redução da dor e melhorar o sono. Além de outros específicos para tratar sintomas como insônia, fadiga e dores musculares.
  • Exercícios e fisioterapia podem ser benéficos para melhorar a flexibilidade, fortalecer os músculos e aliviar a dor.
  • Atividades físicas de baixo impacto, como caminhadas, natação ou ciclismo, podem melhorar a resistência e reduzir a dor.
  • A educação sobre a fibromialgia e o desenvolvimento de habilidades de autogerenciamento podem capacitar os pacientes a lidar melhor com os desafios da condição.
  • Terapias alternativas, como acupuntura, quiropraxia, massagem e yoga, podem proporcionar alívio sintomático para algumas pessoas.
  • Técnicas de relaxamento, como meditação, mindfulness e biofeedback, ajudam na gestão do estresse, contribuindo para o bem-estar emocional.
  • Aconselhamento psicológico ou psicoterapia pode ser benéfico para ajudar os pacientes a lidar com o impacto emocional da fibromialgia.
  • Estabelecer hábitos regulares de sono e criar um ambiente propício ao descanso pode melhorar a qualidade do mesmo.
  • Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, hidratação adequada e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, contribui para o bem-estar geral.

Fontes: Sociedade Brasileira de Fibromialgia; Portal Drauzio Varella; Pfizer Brasil; Biblioteca Virtual em Saúde; Minha Vida; e O Globo.