A osteoporose é uma doença crônica que afeta os ossos, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Sua principal característica é a diminuição da densidade óssea e a alteração da estrutura do tecido ósseo, o que compromete a sua resistência.
Embora possa afetar qualquer pessoa, é mais comum em mulheres após a menopausa devido à redução dos níveis de estrogénio, um hormônio que ajuda a manter a saúde dos ossos.
Estima-se que entre 10 a 15 milhões de brasileiros convivam com a osteoporose.
Aproximadamente 50% das mulheres e 20% dos homens, com 50 anos ou mais, sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.
A osteoporose é influenciada por vários fatores de risco, que podem ser divididos em não modificáveis (aqueles que não podemos alterar) e modificáveis (ligados ao estilo de vida e hábitos que podem ser ajustados).
Conhecê-los é essencial para prevenir a doença.
Entre os fatores de risco que não são modificáveis estão:
- O risco aumenta à medida que envelhecemos.
- As mulheres têm maior predisposição, especialmente após a menopausa, devido à diminuição dos níveis de estrogênio.
- Ter familiares diretos com osteoporose ou fraturas aumenta o risco.
- Pessoas de origem caucasiana e asiática apresentam maior predisposição.
- Doenças como artrite reumatoide, problemas renais ou hormonais também aumentam o risco.
Entre os fatores de risco que são modificáveis estão:
- Dieta pobre em cálcio e vitamina D, que são nutrientes essenciais para a saúde óssea.
- A falta de atividade física reduz a densidade óssea.
- O cigarro compromete a regeneração óssea.
- Consumo excessivo de álcool pode afetar negativamente a absorção de cálcio.
- Indivíduos muito magros têm menor massa óssea.
- O uso prolongado de certos medicamentos, como corticoides, podem reduzir a densidade óssea.
- Desequilíbrios hormonais, como baixos níveis de estrogênio ou testosterona.
Outros fatores que merecem atenção são:
- Mulheres que entram na menopausa antes dos 45 anos têm maior risco.
- Distúrbios alimentares como anorexia nervosa, que afetam a nutrição óssea.
- Falta de exposição solar, pois a vitamina D, essencial para os ossos, é ativada pela exposição ao sol.
Sintomas da osteoporose
A osteoporose é, muitas vezes, chamada de “doença silenciosa”, porque não apresenta sintomas evidentes até que ocorram fraturas, que são mais comuns no quadril, coluna vertebral e pulsos.
Fique atento para:
- Fraturas frequentes, que podem ocorrer com traumas leves ou até mesmo sem causa aparente.
- Dores ósseas ou nas costas, pois as fraturas nas vértebras podem causar dores persistentes.
- Redução da estatura, onde a perda de altura é causada pelo colapso das vértebras.
- Postura encurvada, também conhecida como cifose, ocorre devido ao enfraquecimento dos ossos da coluna.
- Fragilidade óssea, com ossos mais suscetíveis a lesões e fraturas.
É importante consultar um médico caso:
- Tenha fatores de risco, como histórico familiar de osteoporose, menopausa precoce ou uso prolongado de medicamentos que afetam os ossos (como corticoides).
- Sofra de fraturas frequentes ou dor inexplicável nas costas.
- Note uma redução na sua altura ou alterações na postura.
Diagnóstico e tratamento da osteoporose
O diagnóstico da osteoporose é feito através de uma combinação de exames clínicos, histórico médico e testes específicos.
A densitometria óssea é o exame principal para o diagnóstico. Ele mede a densidade mineral dos ossos, especialmente em áreas como a coluna, quadril e pulsos.
Já as radiografias podem ser úteis para identificar fraturas ou alterações ósseas causadas pela osteoporose.
Também podem ser solicitadas as análises de sangue e urina, que avaliam os níveis de cálcio, vitamina D, hormônios e outros marcadores de saúde óssea.
E a avaliação de fatores de risco, feito pelo médico, que inclui histórico familiar, menopausa precoce, uso de medicamentos, entre outros.
O tratamento da osteoporose tem como objetivo prevenir fraturas, aliviar sintomas (se presentes) e melhorar a densidade óssea.
Em geral, são indicados:
- Mudanças no estilo de vida, que visa investir em uma dieta rica em cálcio, com alimentos como laticínios, vegetais de folhas verdes, frutos secos e peixes.
- Vitamina D obtida através da exposição solar e alimentos como peixe gordo ou suplementos, se necessário.
- Rotina de exercício físico, com atividades de impacto moderado e exercícios de força, que ajudam a melhorar a densidade óssea.
- Suplementação de cálcio e vitamina D, recomendada quando a dieta não fornece quantidades adequadas.
- Medicamentos que reduzem a perda óssea e fortalecem os ossos. Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio. Terapia hormonal para mulheres na menopausa. E outras opções que o médico pode indicar para as particularidades de cada caso.
- Prevenção de quedas adaptando o ambiente doméstico para reduzir o risco, deixando ambientes iluminados, retirando tapetes e colocando barras de apoio, quando necessário.
Lembrando que o tratamento deve ser acompanhado regularmente, com repetições da densitometria óssea e consultas médicas para avaliar a eficácia das medidas adotadas.
Prevenção da osteoporose
A prevenção da osteoporose é essencial para manter a saúde óssea ao longo da vida e evitar complicações, como fraturas.
A adoção de hábitos saudáveis desde cedo desempenha um papel crucial, especialmente em pessoas com fatores de risco.
Algumas dicas para preservar a saúde dos seus ossos são:
- Investir em uma alimentação rica em nutrientes essenciais como o cálcio, presente em laticínios (leite, queijo, iogurte); vegetais de folhas verdes (espinafre, brócolos); peixes com espinhas (sardinhas); e amêndoas e sementes de sésamo.
- Já a vitamina D é necessária para ajudar o organismo a absorver cálcio. Ela pode ser obtida através de: exposição solar (10-15 minutos diários, dependendo da estação e do tom de pele); alimentos como peixes gordos (salmão, atum), gemas de ovo e fígado; e suplementos, caso necessário, sob orientação médica.
- Outros nutrientes importantes são as proteínas, para a regeneração óssea (presentes em carnes magras, ovos, leguminosas); magnésio e fósforo, encontrados em nozes, sementes, cereais integrais e vegetais.
- Manter uma rotina de exercícios físicos divididos em atividades de impacto moderado como caminhadas, dança ou subir escadas ajudam a fortalecer os ossos; treino de força como levantamento de pesos ou exercícios de resistência ajudam a melhorar a densidade óssea; e exercícios de equilíbrio, como yoga ou tai chi, que ajudam a reduzir o risco de quedas.
- Evite o tabagismo, que reduz a capacidade do corpo de formar novo tecido ósseo. E reduza o consumo de álcool, pois quantidades elevadas prejudicam a saúde óssea.
- Pessoas com condições médicas crónicas ou que tomam medicamentos que afetam os ossos (como corticoides) devem ser acompanhadas de perto por um médico para minimizar os impactos na densidade óssea.
- Fazer avaliações médicas constantes. A densitometria óssea é recomendada para mulheres na menopausa ou para pessoas com fatores de risco, como histórico familiar ou fraturas frequentes.
Fontes – Biblioteca Virtual em Saúde; Blog Sabin; Portal Drauzio Varella; Tua Saúde; Veja Saúde; e Minha Vida.