fbpx

A vesícula é um órgão importante, mas é possível viver bem mesmo sem ela

A vesícula biliar é um pequeno órgão em forma de saco, parecido com uma pera, que fica localizado logo abaixo do lobo direito do fígado.

Sua principal função é armazenar e concentrar a bile, um líquido verde-amarelado produzido pelo fígado. A vesícula a armazena até que seja necessária para a digestão.

Quando comemos, especialmente alimentos gordurosos, a vesícula é estimulada a se contrair, liberando a bile concentrada no intestino delgado (duodeno). A bile age como um detergente, emulsificando as gorduras (quebrando-as em partículas menores) para facilitar sua digestão e absorção pelo organismo.

 

Doenças da vesícula 

A vesícula biliar pode ser afetada por diversas doenças, sendo a maioria delas relacionada à formação de cálculos (pedras) e às inflamações decorrentes.

  • Colelitíase (pedra na vesícula) – é a doença mais comum, caracterizada pela formação de cálculos biliares no interior da vesícula devido a um desequilíbrio na composição da bile (principalmente excesso de colesterol).

Muitas vezes é assintomática, mas pode causar a cólica biliar (dor intensa no lado superior direito do abdômen, geralmente após refeições gordurosas).

  • Colecistite aguda (inflamação da vesícula) – é uma inflamação súbita da vesícula, na maioria das vezes causada pela obstrução do ducto cístico (o canal de saída da vesícula) por um cálculo biliar. Causa dor abdominal intensa, febre, náuseas e vômitos. É uma emergência médica.
  • Colecistite crônica – é o resultado de crises repetidas de inflamação e irritação, geralmente devido à presença contínua de cálculos.
  • Coledocolitíase – ocorre quando um ou mais cálculos migram da vesícula para o ducto colédoco (o canal principal que leva a bile para o intestino).

Pode causar icterícia (pele e olhos amarelados) e, se não tratada, pode levar à colangite (infecção grave das vias biliares) ou pancreatite (inflamação do pâncreas).

  • Pólipos na vesícula – são crescimentos anormais na parede interna da vesícula. A maioria é benigna, assintomática e de colesterol. No entanto, pólipos maiores (geralmente acima de 10 mm) podem ter potencial maligno e, por isso, requerem acompanhamento ou remoção cirúrgica.
  • Câncer de vesícula biliar – é uma doença rara, mas agressiva. Frequentemente está associada à inflamação crônica, sendo que a grande maioria dos pacientes diagnosticados com câncer de vesícula também apresenta cálculos biliares.

Geralmente é descoberto em estágios avançados, pois os sintomas (dor, icterícia, perda de peso) demoram a aparecer.

 

Fatores de risco 

A maior parte dos problemas na vesícula biliar, como a formação de cálculos (colelitíase) e as inflamações (colecistite), está associada a fatores de risco ligados ao metabolismo, estilo de vida, demografia e genética.

Entre os fatores de risco modificáveis, ou seja, os que estão relacionados ao estilo de vida, estão: 

  • Obesidade ou excesso de peso, que aumenta a quantidade de colesterol na bile, facilitando a formação de cálculos de colesterol.
  • Perda rápida de peso, onde dietas muito restritivas ou cirurgia bariátrica podem levar a uma liberação acelerada de colesterol pelo fígado, favorecendo a formação de cálculos.
  • Dieta inadequada, com alto consumo de gorduras, colesterol e carboidratos refinados, e baixa ingestão de fibras.
  • Sedentarismo, onde as pessoas não mantem a regularidade de atividade física. 
  • Diabetes. 
  • Colesterol. 
  • Uso de alguns medicamentos como anticoncepcionais orais e terapias de reposição hormonal (devido à presença de estrogênio).

 

Entre os fatores de risco não modificáveis, sendo demográficos e genéticos, estão: 

  • Mulheres têm maior risco que homens, em grande parte devido aos efeitos do estrogênio (que aumenta o colesterol na bile).
  • O risco aumenta progressivamente após os 40 anos de idade.
  • Ter parentes próximos (pais, irmãos) com histórico de cálculos biliares aumenta a predisposição.
  • Algumas etnias, como nativos americanos (indígenas), apresentam maior prevalência de cálculos biliares.
  • Gravidez, onde aumenta o risco devido aos níveis elevados de hormônios femininos.

 

Sintomas de que algo não vai bem na vesícula

Os sintomas de que algo não está bem na vesícula biliar variam muito, desde um desconforto leve até uma dor intensa que indica uma emergência. A maioria deles ocorre devido à dificuldade na liberação da bile, geralmente causada por cálculos.

Fique atento aos principais sinais e sintomas e, diante deles, procure ajuda médica. 

Dor abdominal é o sintoma mais característico e surge quando um cálculo bloqueia temporariamente a saída da vesícula (ducto cístico). Geralmente está localizado na parte superior direita do abdômen (abaixo das costelas) ou na região central superior (epigástrio).

A dor pode se espalhar para as costas (especialmente abaixo da omoplata direita) ou para o ombro direito. É uma dor tipo cólica, súbita e intensa, que muitas vezes atinge o pico e depois diminui. Costuma ser desencadeada, ou piorada, após o consumo de alimentos gordurosos.

Já os sintomas digestivos refletem a dificuldade do organismo em processar a gordura dos alimentos, sendo comum:

  • Náuseas e vômitos – podem acompanhar a dor abdominal intensa, especialmente após refeições gordurosas.
  • Má digestão/dispepsia – sensação de estufamento, saciedade precoce, excesso de gases (flatulência) e azia.

 

E existem também sintomas que indicam complicações como inflamação ou obstrução total (colecistite aguda ou coledocolitíase) e requerem atenção médica imediata. Fique atento para:

  • Febre e calafrios, que indicam inflamação ou infecção grave (colecistite aguda).
  • Icterícia, que é a coloração amarelada da pele e da parte branca dos olhos (esclera). Ocorre quando a bile fica totalmente impedida de sair da vesícula ou do ducto biliar, se acumulando no sangue.
  • Alteração na cor das fezes e urina, onde as fezes ficam claras, causada pela falta de bile no intestino; e urina fica escura, causada pelo excesso de bilirrubina (componente da bile) sendo eliminada pelos rins.
  • Dor abdominal persistente e intensa, que não melhora após horas e é acompanhada de sensibilidade ao toque na parte superior direita do abdômen.

 

Dor abdominal intensa associada a febre ou icterícia, é uma emergência médica e, diante desses sintomas, é preciso buscar ajuda médica o mais rápido possível. 

 

Porque muitas pessoas precisam remover a vesícula?

A principal razão pela qual muitas pessoas precisam remover a vesícula biliar (procedimento chamado colecistectomia) é a presença de cálculos biliares que causam sintomas ou complicações. 

A cirurgia para a retirada da vesícula costuma ser indicada em casos de: 

  • Colelitíase sintomática (pedra na vesícula com sintomas) – é a principal indicação. Ocorre quando os cálculos biliares causam a chamada cólica biliar – aquela dor intensa e recorrente na parte superior direita do abdômen, frequentemente após comer gordura.

A cirurgia é feita para eliminar a fonte da dor e melhorar a qualidade de vida.

  • Colecistite (inflamação da vesícula) – ocorre quando um cálculo fica preso na saída da vesícula (ducto cístico), causando uma inflamação aguda e, por vezes, uma infecção. 

A colecistectomia é necessária para tratar essa inflamação, que pode evoluir para quadros graves como gangrena ou perfuração da vesícula.

  • Pancreatite biliar – quando um cálculo migra e bloqueia o canal do pâncreas, causando inflamação grave desse órgão. A remoção da vesícula é preventiva para evitar novas crises.
  • Coledocolitíase/colangite – quando um cálculo obstrui o ducto biliar principal, causando icterícia (pele amarelada) e infecção grave (colangite), que é uma emergência médica.

A vesícula, sendo a fonte dos cálculos, é frequentemente removida após a resolução inicial do bloqueio.

 

Existe também algumas situações, onde a vesícula é removida mesmo que o paciente não sinta dor, pois o risco de desenvolver câncer ou complicações graves é muito alto:

  • Vesícula em porcelana (calcificada) – uma condição rara onde a parede da vesícula está calcificada, associada a um risco maior de câncer.
  • Cálculos muito grandes – com mais de três centímetros de diâmetro.
  • Cálculos em pacientes com diabetes ou doenças hemolíticas crônicas – o risco de complicações graves é maior.
  • Pólipos vesiculares com risco de malignidade – maiores que um centímetro ou que crescem rapidamente podem ser removidos.

 

Vivendo sem a vesícula 

A colecistectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns e, felizmente, a função da vesícula (apenas armazenar bile) pode ser compensada pelo organismo, permitindo que a maioria das pessoas viva normalmente após a cirurgia.

A bile que o fígado produz passa a ser liberada diretamente no intestino delgado de forma contínua, em vez de ser liberada em grandes jatos concentrados após as refeições.

Em poucas semanas, a maioria dos pacientes consegue ter uma digestão normal sem o órgão, embora devam moderar o consumo de gorduras logo no início.

 

Cuide da sua vesícula 

Cuidar bem da saúde da sua vesícula biliar envolve a adoção de um estilo de vida saudável, com foco especial na dieta. 

A vesícula é responsável por armazenar a bile, que ajuda na digestão das gorduras, então o que você come faz uma grande diferença.

Aqui estão as principais dicas para manter sua vesícula saudável:

  • O controle da ingestão de gorduras e o aumento de fibras são as medidas dietéticas mais importantes.

Evite ou reduza drasticamente alimentos ricos em gorduras saturadas e gorduras trans, como frituras, alimentos ultraprocessados, carnes gordas, embutidos (salsicha, linguiça, salame), laticínios integrais (leite, manteiga, queijos amarelos, creme de leite) e gema de ovo em excesso.

Prefira gorduras saudáveis com moderação, como as encontradas em azeite de oliva extra virgem, abacate, peixes gordurosos (salmão, sardinha) e oleaginosas (nozes, amêndoas, sementes), pois são mais fáceis de metabolizar e benéficas para a saúde em geral.

Opte por carnes magras (peito de frango sem pele, peixe branco, cortes bovinos magros) preparadas grelhadas, cozidas ou assadas, evitando adicionar muita gordura no preparo.

 

Para balancear, a fibra ajuda a regular os níveis de colesterol (um componente da bile que pode formar cálculos), melhora a digestão e o funcionamento intestinal.

Inclua frutas (maçã, pera, frutas cítricas), vegetais (brócolis, espinafre, cenoura), leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico) e grãos integrais (aveia, arroz e pão integral) na sua dieta diária.

Já o consumo excessivo de açúcares refinados e processados pode aumentar a produção de colesterol pelo fígado, favorecendo a formação de cálculos biliares.

  • Beba bastante água (pelo menos dois litros por dia) para ajudar a manter a bile fluida, o que é essencial para o seu bom funcionamento e para prevenir a formação de cálculos.
  • Evite longos períodos de jejum e grandes refeições. Comer porções menores e mais frequentes ao longo do dia evita sobrecarregar a vesícula, garantindo um fluxo regular de bile e uma digestão mais eficiente.
  • Mantenha um peso saudável, pois a obesidade é um fator de risco para problemas na vesícula. E, caso necessário, perda peso gradualmente, pois a perda de peso muito rápida pode, aumentar o risco de formação de pedras na vesícula. 
  • Pratique atividade física regularmente, especialmente a aeróbica, que ajuda a controlar o peso e o colesterol, impactando positivamente o trato biliar. Tente pelo menos 30 minutos de atividade moderada na maioria dos dias da semana.

Esteja sempre atento ao funcionamento do seu corpo e sua saúde. Invista em exames de rotina e, diante de sintomas e dúvidas, busque a ajuda de um profissional capacitado, para esclarecer todas as suas dúvidas. 

 

Fontes – Biblioteca Virtual em Saúde; Portal Drauzio Varella; Einstein; Tua Saúde; Alta Diagnósticos; Saúde iD; Rede D’Or São Luiz; e HapVida Notre Dame.

xvideosgostosa coheteporno xxx neti XXX porno xxx sua aluna mural do video sesso