Um quadro de desidratação pode ser grave e, se não houver o cuidado adequado, e rápido, pode matar.
A água é essencial para muitas funções vitais do corpo, sendo que sua falta pode impactar órgãos vitais, levando a uma série de complicações como:
- a perda significativa de fluidos pode levar ao choque hipovolêmico, onde o corpo não tem volume sanguíneo adequado para fornecer oxigênio e nutrientes essenciais aos órgãos;
- a desidratação prolongada pode prejudicar a função dos rins, levando à insuficiência renal;
- a falta de líquidos pode impactar a função cardiovascular, levando a complicações como arritmias cardíacas;
- a desidratação pode afetar o funcionamento do cérebro, levando a sintomas como confusão, tontura e, em casos graves, coma;
- a falta de água pode levar a danos celulares irreversíveis, especialmente nas células do sistema nervoso central;
- pode ser afetada a produção de muco nos pulmões, dificultando a respiração; e
- em casos extremos, a desidratação severa pode levar a convulsões.
É importante destacar que a gravidade da desidratação pode variar, e nem todos os casos resultam em complicações fatais.
No entanto, a desidratação é uma condição séria que requer atenção médica, especialmente se os sintomas forem graves ou persistentes.
Sintomas da desidratação
A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que ingere, resultando em uma falta de água essencial para as funções normais do corpo.
Os sintomas de desidratação podem variar de leves a graves. Fique atento para alguns deles que são:
- sentir sede intensa é um sinal inicial de que o corpo precisa de mais líquidos;
- boca seca e mucosas secas merecem atenção;
- a urina escura e uma redução no volume de urina podem indicar desidratação, assim como quando ela está concentrada e com cheiro forte. A urina clara é um sinal de hidratação adequada;
- a falta de água pode levar à fadiga, fraqueza e redução da energia;
- a desidratação pode afetar a pressão sanguínea e levar a tontura ou vertigem;
- a pele desidratada pode perder sua elasticidade. O teste do “pinch test” (beliscar a pele) pode indicar desidratação se a pele não retornar rapidamente ao normal;
- a desidratação pode afetar os olhos, que ficam secos e irritados devido à falta de lágrimas;
- aumento na frequência cardíaca;
- a respiração pode tornar-se mais rápida e superficial;
- casos de desidratação podem afetar a função cognitiva, levando a confusão mental e irritabilidade;
- náusea e, em casos mais graves, vômito, podem ser sintomas de falta de água no organismo;
- a falta de eletrólitos, devido à desidratação, pode contribuir para cãibras musculares; e
- em alguns casos, a desidratação pode levar a uma temperatura corporal elevada, a conhecida febre.
Diante de casos graves de desidratação, especialmente em crianças, idosos ou pessoas com condições médicas pré-existentes, busque atendimento médico imediatamente.
É possível reverter a desidratação?
Reverter um quadro de desidratação envolve repor os líquidos perdidos e restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico do corpo.
Em situações críticas, o tratamento pode envolver a administração intravenosa de líquidos, para reidratar rapidamente, e evitar que o quadro se agrave.
A maneira mais direta de combater a desidratação é beber água regularmente, e a quantidade necessária dependerá da gravidade da desidratação.
Em casos de desidratação devido a atividade física intensa, ou perda significativa de eletrólitos, bebidas isotônicas podem ser úteis para repor sais minerais.
Consumir alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, pode ajudar na reidratação. Melancia, melão, pepino e laranja são exemplos de alimentos com alto teor de água.
Diante de um quadro de desidratação, evite cafeína e álcool pois eles podem ter efeito diurético, aumentando a perda de líquidos.
O descanso permite que o corpo se recupere. Diante de atividade física de alto impacto, respeite os tempos de recuperação.
Previna os casos de desidratação
Prevenir a desidratação é crucial para manter a saúde e o bem-estar.
A quantidade exata de água que uma pessoa precisa beber pode variar dependendo de vários fatores como idade, peso, nível de atividade física, clima e saúde geral.
No entanto, uma diretriz geral é a chamada recomendação dietética de referência, do Instituto de Medicina, que sugere uma ingestão diária total de água, de todas as fontes, ou seja, a que você bebe pura, a que chega através de alimentos, sucos, chás e etc, em aproximadamente 3,7 litros para homens adultos; e 2,7 litros para mulheres adultas.
Veja algumas dicas para manter-se devidamente hidratado:
- Preste atenção aos sinais do seu corpo, de sentir sede, é um sinal de que seu corpo já está um pouco desidratado. A dica é beber água regularmente, ao longo do dia, mesmo se não estiver com sede.
- Tenha metas diárias de ingestão de água. Mesmo a quantidade ideal variando entre as pessoas, as recomendações mencionadas acima servem como ponto de partida.
- Aumente a ingestão de água se estiver praticando atividade física intensa, ou se estiver em um clima quente. O suor aumenta as necessidades de hidratação.
- Tenha uma garrafa de água à mão durante o dia para facilitar o acesso e lembrar-se de beber.
- Alimentos com alto teor de água, contribuem para a hidratação. Inclua-os na sua dieta.
- Cuidado com o consumo excessivo de álcool e café e, sempre compense com a ingestão de água.
- Considere suas necessidades individuais. Grávidas, lactantes, doentes precisam ficar atentos. Se possível, peça a orientação de um profissional de saúde, quanto a sua ingestão diária adequada.
Fontes: Portal Drauzio Varella; Minha Vida; Brasil Escola; Uol; Biblioteca Virtual em Saúde; e Sua Saúde.