O texto destaca a importância da prevenção da cegueira, citando dados da Organização Mundial da Saúde que indicam que 60% a 80% dos casos podem ser evitados com diagnóstico precoce. Alerta sobre a negligência na saúde ocular e enfatiza a necessidade de exames preventivos, mesmo na ausência de sintomas visuais. Discute a problemática do diagnóstico tardio e aborda diversas doenças oculares, como catarata, glaucoma, DMRI, tracoma, retinoblastoma e a relação da diabetes com a cegueira.

O poder da prevenção: reduza em até 80% os casos de cegueira com uma rotina de cuidados

A Organização Mundial da Saúde aponta que entre 60% a 80% dos casos de cegueira podem ser evitados, bastando que algumas doenças sejam diagnosticadas precocemente.

Infelizmente, muitas pessoas ainda negligenciam a saúde ocular, buscando a consulta com o oftalmologista somente quando o quadro já está avançado e a cegueira não pode mais ser revertida.

Por isso, é crucial conscientizar as pessoas para que realizem exames preventivos regularmente, mesmo que não apresentem qualquer incômodo visual.

Essa busca por cuidados oftalmológicos pode salvar muitas pessoas da cegueira, já que, de forma geral, as doenças oculares não apresentam sintomas em sua fase inicial.

O problema é que, diante de uma perda de visão gradual que ocorre lentamente, as pessoas se acostumam à situação e percebem tarde demais.

Uma publicação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, em 2019, revelou que a cegueira atingia 1,577 milhão de brasileiros, sendo que 74,8% dos casos poderiam ter sido prevenidos ou tratados.

Algumas pessoas arriscam sua visão sem compreender totalmente como sua saúde ocular pode ser prejudicada. Um exemplo é a oferta, em muitas cidades, de exames que avaliam apenas o grau dos óculos.

Indivíduos realizam esses exames, encomendam seus óculos acreditando que resolverão sua dificuldade de enxergar, sem considerar a possibilidade de problemas mais sérios.

No consultório de um especialista, além de verificar o grau, é comum realizar o mapeamento da retina, o exame de fundo de olho e a medição da pressão ocular.

Com base nos resultados dos exames básicos e nos sintomas relatados pelo paciente, o oftalmologista pode solicitar exames específicos para descartar riscos de cegueira.

Para quem não apresenta desconforto visual, é recomendado realizar a consulta com o oftalmologista anualmente. Pessoas que já têm algum problema ou fazem acompanhamento específico devem seguir as orientações do médico quanto ao intervalo entre as consultas.

 

Causas da Cegueira

Aqui estão as principais doenças que podem levar a um quadro de cegueira. Fique atento e cuide bem da saúde dos seus olhos.

Catarata – A perda da visão ocorre progressivamente, com a pessoa enxergando mais embaçado, como se houvesse uma névoa. Sua causa mais comum é o envelhecimento do cristalino do olho, que altera a nitidez das cores e aumenta a sensibilidade à luz. Se não for tratada, pode levar à cegueira. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, 17% das pessoas com até 65 anos e 47% dos maiores de 65 anos têm catarata.

Glaucoma – Sua gravidade é significativa, pois a cegueira provocada pela doença é irreversível. No entanto, quando diagnosticada na fase inicial, pode ser controlada com o uso de colírios. O glaucoma é degenerativo e afeta as células do nervo óptico. Por não apresentar sintomas até estar avançado, a cegueira é percebida quando já é tarde demais. O aumento da pressão intraocular e o histórico familiar são os principais fatores de risco.

DMRI – Quando falamos da cegueira causada pela Degeneração Macular Relacionada à Idade, ela atinge pessoas com 60 anos ou mais. Pode se apresentar na forma seca ou úmida. No primeiro caso, vitaminas podem retardar a progressão, e no segundo, são indicados fármacos intraoculares. Crônica e progressiva, ela afeta a parte central da retina chamada mácula, levando a uma perda gradual da visão que pode chegar à cegueira.

Tracoma – Apesar de pouco divulgada, a doença também pode causar cegueira. É causada por uma bactéria que leva a uma inflamação semelhante à conjuntivite e é a principal forma de cegueira infecciosa. Condições precárias, como a falta de saneamento básico e o difícil acesso à água tratada, são fatores de risco, sendo que as crianças são as mais afetadas. Antibióticos são usados no tratamento, além da necessidade de prevenir os riscos.

Retinoblastoma – Trata-se de um tipo de câncer, sendo uma doença genética e hereditária que afeta os bebês, podendo causar cegueira. A doença faz a retina crescer de forma excessiva e se apresenta com um reflexo branco no centro do olho, sendo diagnosticada no teste do olhinho. O tratamento leva em consideração o grau da doença, sendo que quanto antes for diagnosticada, mais eficiente o resultado e menor o risco de cegueira.

Diabetes – A doença é apontada como a principal causa de cegueira evitável. Por isso, é importante controlar as taxas de glicose e, caso tenha diabetes, acompanhar de perto a saúde ocular. A complicação mais comum é a retinopatia diabética, quando o alto índice glicêmico interfere na retina e nos vasos sanguíneos dos olhos.

 

Fontes: Agência Brasil; Retina Brasil; Correio Braziliense; CNN Brasil; e Tua Saúde.

 

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