A Organização Mundial da Saúde lançou em 2017 novas diretrizes para enfrentar o que considera uma epidemia global de obesidade infantil.
Estima-se que, em todo o mundo, 41 milhões de crianças menores de 05 anos sejam obesas ou estejam acima do peso.
O problema da obesidade infantil afeta tanto os países desenvolvidos, quanto os em desenvolvimento.
Seguindo essa crescente calcula-se que, em cinco anos, haverá mais crianças e adolescentes obesos que com baixo peso.
E mais, em uma década a obesidade infantil pode atingir 11,3 milhões de crianças no Brasil.
Um estudo feito pela OMS apontou que:
– a prevalência de obesidade em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016; e
– em meninos, a prevalência de obesidade saiu de 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016.
Novos hábitos
É muito comum os adultos presentearem crianças com doces, ou passeios cercados de guloseimas calóricas.
Especialistas em obesidade infantil destacam que a ingestão inadequada de alimentos, somada a falta de exercícios físicos, além dos fatores hereditários e psicológicos, é o que tem, literalmente, pesado na balança.
Por isso, a mudança de hábito é o grande segredo para se reverter a atual realidade da obesidade infantil.
Porém, é fundamental que a criança/adolescente seja acompanhada por um médico.
Alguns exames geralmente são necessários para se descartar doenças endocrinológicas.
A partir disso é possível indicar a melhor forma de sair do quadro da obesidade infantil.
No primeiro momento o objetivo é que a criança pare de engordar, e então possa seguir novos hábitos que a levem a perder peso.
Obesidade Infantil
Para lutar contra a obesidade infantil é importante que toda a família se una.
Cabe as pais muito mais do que delimitar regras, é papel deles dar bons exemplos.
Não adianta comer um hambúrguer e dizer que a criança precisa comer salada.
Ou então, forçar que a criança faça algum exercício enquanto continua no sofá.
Vendo de perto a realidade da obesidade infantil, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um guia onde orienta pais e responsáveis a estimularem as crianças à prática de atividades físicas.
Fique de olho
Segundo o Manual, o incentivo a praticar atividade física deve começar com crianças de zero a dois anos, que devem ser ativas por curtos períodos, várias vezes ao dia.
E mais, na luta contra a obesidade infantil, além de outros problemas de saúde, menores de dois anos não devem ficar em frente a telas de TV, tablets e jogos eletrônicos, nem mesmo por curtos períodos.
A realidade é que, o crescimento da obesidade infantil se deve ao alto consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura.
Soma-se a isso o sedentarismo causado pela vida em grandes centros urbanos e pelo uso excessivo de equipamentos eletrônicos.
As crianças precisam voltar a brincar de correr, pular e se socializar, isso ajuda a evitar a obesidade infantil.
O que preocupa os especialista é o quanto a obesidade infantil pode ser perigosa.
Diabetes Tipo 2, hipertensão, gordura no fígado e colesterol, estão cada vez mais presentes em crianças.
Acontece que a obesidade é uma doença e deve ser tratada como tal. E isso se aplica também quando falamos de obesidade infantil.
Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; Abeso – Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e da Síndrome Metabólica; Nações Unidas no Brasil; e BBC Brasil.
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